Professoralidade docente na EJA: Cadeados que se abrem e fecham para os processos de leiturização como prática de letramento nas prisões do DF
Keywords:
Sistema Prisional, Leiturização e Letramento, Políticas Públicas, Educação de Jovens e Adultos, Professoralidade docenteAbstract
Este artigo apresenta uma discussão sobre a professoralidade docente na Educação de Jovens e Adultos (EJA), com ênfase nos processos de leiturização e letramento nas prisões, visando a necessidade de implementar as políticas públicas educacionais previstas nos Plano Nacional de Educação – PNE (2014 – 2024) e Plano Distrital de Educação – PDE (2015-2024.), no âmbito nacional e local. Este estudo parte da análise dos problemas e das dificuldades da práxis docente nas prisões e investigar a ação docente frente aos processos de leiturização e letramento dos estudantes privados de liberdade, regularmente matriculados na Educação de Jovens e Adultos da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal – SEEDF. A metodologia utilizada com abordagem mista (qualitativa e quantitativa) e o instrumento de pesquisa utilizado foi à aplicação de um questionário online, constituído de sete questões abertas e fechadas. Participaram deste estudo nove professores da SEEDF, que atuam nos estabelecimentos penais do DF. Os resultados evidenciaram que há grande desvalorização e precarização do trabalho docente nas prisões, pois os recursos necessários para o trabalho pedagógico como livros didáticos apropriados e acervo paradidático são escassos e inadequados. E ainda, existe a limitação quanto à oferta de matriculas na EJA que atende, aproximadamente, 10% da população carcerária. Observou-se também, ausência de um trabalho preventivo ao corpo docente que possibilite o atendimento periódico, clinico e/ou psicológico. Urge a implementação e a execução das políticas públicas educacionais que promovam a valorização do trabalho docente, ampliação da oferta de vagas da EJA nas prisões, revitalização das bibliotecas, maior acesso aos livros aos privados de liberdade, como caminhos para a ressocialização aos privados de liberdade.