É preciso transver o mundo: imaginação e faz de conta a partir das contribuições da perspectiva histórico-cultural
Palavras-chave:
Imaginação, Faz de conta, Brincadeira, Perspectiva Histórico-Cultural, InfânciaResumo
Este artigo tem por objetivo analisar a imaginação e a brincadeira de faz de conta enquanto propulsoras de processos de desenvolvimento da criança. A partir da Perspectiva Histórico-Cultural, com foco nos trabalhos de Vigotski, Leontiev e Mukhina, buscamos sinalizar que a emergência dos processos imaginativos está vinculada às condições sociais específicas, pois o que se imagina e como se imagina, está determinado pelas condições de produção da expressão criadora infantil e por seu contexto cultural. Defendemos que a brincadeira é a principal atividade da criança e que ela engendra mudanças significativas no psiquismo e revelam formas de desenvolvimento do simbolismo. Por meio de um olhar sensível para as formas como as crianças brincam pode-se entender como interpretam, sentem, vivenciam, interagem e (re)produzem a cultura e o próprio conhecimento.