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Keywords:
portuguesAbstract
O artigo apresenta o projeto Diário de Ideias (MUNIZ, 2019, 2020, 2022, 2023), tal como vem sendo implementado em uma escola pública do DF que oferta a modalidade da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Os princípios que embasam o Diário de Ideias se organizam a partir da Teoria da Subjetividade na perspectiva histórico-cultural de González Rey (1997, 2017, 2017b) e da aprendizagem criativa de Mitjáns Martínez (2008, 2012a, 2012b). Essa abordagem, favorecedora da produção de recursos subjetivos, contribui para o protagonismo dos estudantes nos seus processos de aprendizagem e dessa forma tem se mostrado estratégica no enfrentamento do capacitismo, conceito que diz respeito à crença de que as pessoas com deficiência não sejam capazes ou que sejam menos do que pessoas sem deficiência. Esse tipo de julgamento preconceituoso, está presente, também, nas relações sociais e culturais das pessoas que compõem o contexto escolar, e se traduz em práticas que desconsideram as singularidades dos estudantes, reforçando estereótipos e reduzindo as oportunidades de participação ativa. Assim, neste texto, reconhecemos que, mais do que uma questão estrutural, o capacitismo se manifesta na produção de sentidos subjetivos que limitam as possibilidades de desenvolvimento e protagonismo das pessoas com deficiência, pois se organizam como vivências que potencializam construções subjetivas de menos valia. Com base na teoria citada e na metodologia do Diário de Ideias, portanto, nosso objetivo nesse artigo é argumentar sobre transformações na forma de organização de práticas pedagógicas cotidianas que se constituam como enfrentamentos ao capacitismo.






