O autismo e a construção do sujeito: Paulo Freire e inclusão escolar - um diálogo necessário
Palavras-chave:
inclusão escolar; Paulo Freire; autismo; educação emancipatória; práxis.Resumo
Este artigo propõe uma reflexão teórico-analítica sobre a inclusão escolar de estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA), fundamentada na pedagogia freireana e na perspectiva histórico-cultural de Vigotski. Parte-se da pergunta: como deve ser a ação docente que constitua um espaço inclusivo de humanização, apropriação da cultura e desenvolvimento da autonomia para sujeitos com autismo? Para responder, realiza-se uma revisão bibliográfica crítica de caráter qualitativo, que percorre três eixos interligados: (1) a evolução histórica do diagnóstico do autismo e seus impactos na educação; (2) a construção da Educação Inclusiva como direito humano, com base em documentos internacionais como a Declaração de Salamanca; e (3) os aportes de Paulo Freire, especialmente em Pedagogia da Autonomia e Pedagogia do Oprimido, sobre escola, emancipação e práticas sociais. A análise articula os desafios da inclusão com os conceitos freirianos de situação-limite, práxis e inédito viável, apontando caminhos ético-políticos para uma educação que acolha a singularidade, promova o diálogo e favoreça a emancipação. Assim, o texto convida à esperança ativa e à construção coletiva de espaços escolares verdadeiramente inclusivos.






