Discutindo a Guerra Cultural
Palavras-chave:
Neoliberalismo, Extremismo de extrema-direita, Dominação ideológica, Guerra Cultural, Capitalismo de dados, LawfareResumo
Em Domínio das Mentes, Aldo Arantes analisa criticamente a ascensão do neoliberalismo, da extrema-direita e das estratégias de dominação ideológica no Brasil e no mundo. A obra estrutura-se em duas partes, abordando desde fundamentos teóricos até propostas de resistência. Arantes denuncia o neoliberalismo, iniciado nos anos 1970, por promover a financeirização da economia, desregulamentação trabalhista e concentração de renda, ampliando desigualdades (apoiado em dados de Piketty e OXFAM). Governos como os de Temer e Bolsonaro são criticados por precarizar direitos sociais e trabalhistas, como a reforma de 2017 e o desmonte da CLT. O autor associa austeridade neoliberal ao fascismo como apontado por Clara Mattei, e expõe o uso do "Direito Penal do Inimigo" para perseguir opositores (ex.: Lawfare contra Lula). O livro trata como a extrema-direita, articulada por figuras como Steve Bannon e Olavo de Carvalho, utiliza fake news, algoritmos (via Cambridge Analytica) e plataformas digitais para disseminar ódio e desestabilizar democracias, como nas eleições de Trump e Bolsonaro. Associa como big techs, a exemplo de Facebook e Google, monetizam dados pessoais, manipulando comportamentos e eleições, enquanto a falta de regulação ameaça privacidade e autonomia. Denuncia a atuação de grupos neofascistas, setores de bancadas evangélicas, militares e think tanks (Instituto Millenium, LIDE) promovem agendas conservadoras, combate a direitos humanos e alinhamento ao capital. Arantes defende um "Plano Programático" para fortalecer democracia: distribuição de renda, educação pública, regulação de big techs, combate a fake news e reforma política com financiamento público. Inspira-se no "socialismo renovado" chinês, mesclando planejamento estatal e dinamismo de mercado. A obra alerta para os riscos da dominação ideológica neoliberal e da guerra cultural, enfatizando a urgência de unir lutas sociais, ética tecnológica e soberania nacional para construir um projeto democrático inclusivo.