Revista Com Censo Jovem: Iniciação Científica de Estudantes da Educação Básica

A voz da Ana: usando a robótica para a verdadeira inclusão

Annie Ximenes Araújo — 2024-10-31

Este relato descreve ações realizadas por um grupo de alunas de um programa de robótica com o objetivo de criar uma solução tecnológica que promovesse a inclusão e a acessibilidade. A iniciativa resultou na construção de uma caixa robótica que permite a comunicação de uma colega de classe não-verbal com paralisia cerebral. A caixa foi projetada para transformar inputs personalizados em fala, possibilitando que a aluna se expresse de maneira autônoma. Ao longo do projeto, as alunas aplicaram seus conhecimentos em programação, eletrônica e design, ao mesmo tempo em que desenvolveram habilidades de trabalho em equipe e empatia. A criação da caixa robótica demonstrou como a tecnologia pode ser uma poderosa aliada na promoção da igualdade e da inclusão, proporcionando uma nova forma de interação para pessoas com desafios de comunicação. O sucesso do projeto não se restringiu à criação do dispositivo, mas também ao impacto positivo que gerou na comunidade escolar, evidenciando a importância de iniciativas que combinam inovação tecnológica com responsabilidade social.

Conhecendo a Ciência como fonte de pesquisa, conhecimento e inclusão no ambiente escolar

Alice Sobreira Barbalho Brito — 2024-10-31

O projeto intitulado O uso da energia solar: como melhorar o uso de uma fonte renovável de energia em Brasília, desenvolvido para o Circuito de Ciências do ano letivo de 2023, emergiu de um dos eixos transversais do Currículo em Movimento do Distrito Federal, Educação para a Sustentabilidade, e foi dirigido aos estudantes que frequentavam o contraturno da Sala de Recursos de uma escola pública do ensino fundamental de anos finais. O projeto de pesquisa apresentou muitos objetivos, sendo que os principais foram: proporcionar o desenvolvimento da pesquisa em estudantes com necessidades educacionais especiais; promover a conscientização do uso da energia solar no ambiente escolar e promover o protagonismo e a oralidade dos estudantes com necessidades educacionais especiais. As principais etapas do projeto foram: pesquisa sobre o tema e definição do trabalho a ser desenvolvido pelos estudantes; pesquisa no ambiente escolar sobre a temática Energia Solar, conscientização sobre o uso da energia solar como fonte de energia renovável e sustentável no ambiente escolar; tabulação dos dados da pesquisa; desenvolvimento de um robô com o kit da Lego Mindstorms e construção de uma maquete para explicar o projeto. Observou-se que o projeto proporcionou uma jornada de conhecimento, estimulando não apenas as aprendizagens na área da Ciência, mas principalmente o desenvolvimento integral dos estudantes.

Projeto Brincando de Criar: uma proposta realizada com crianças mais que especiais

Leidiane Freitas Fernandes — 2024-10-31

O projeto Brincando de criar ocorreu no contexto da turma do 2º Ano B da Escola Classe Córrego do Arrozal, em Sobradinho, no ano de 2023. É uma iniciativa voltada para o incentivo às ciências e promoção da inclusão escolar, desenvolvido por dois estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA), orientado pela professora dos estudantes com o apoio dos responsáveis de um deles. A justificativa baseia-se na necessidade de promover a inclusão de alunos com TEA na sala de aula comum, reconhecendo e valorizando suas potencialidades e interesses. O principal objetivo foi criar um ambiente inclusivo que favorecesse o desenvolvimento de habilidades sociais e cognitivas, por meio da construção de brinquedos. Para alcançar esse objetivo, foi utilizada a metodologia de pesquisa-ação, aliada a observações contínuas e à análise dos artefatos criados pelos estudantes. Os resultados indicaram uma melhora significativa nos aspectos socioemocionais e comportamentais dos alunos com TEA, além de um impacto positivo no restante da turma.

O legado de Marielle Franco em sala de aula

Marina Morenna Alves de Figueiredo — 2024-10-31

Este relato de experiência destaca a importância de discutir a vida e obra de Marielle Franco em sala de aula. Vereadora do estado Rio de Janeiro, brutalmente assassinada, lutava por direitos iguais, contra a violência periférica que mata diariamente jovens negros e contra a corrupção, sobretudo a estatal. Neste sentido, o estudo da luta de Marielle proporciona o debate e o entendimento sobre direitos humanos, cidadania e ética. O lócus do trabalho deu-se na Escola Meninos e Meninas do Parque (EMMP), que atende a população em situação de vulnerabilidade social. Para tanto, foram realizadas dinâmicas, incluindo rodas de leitura, realização de exercícios e produção de textos e poesias para confecção de painéis.

Editorial

Bárbara Carolina Vanderley Boaventura — 2024-10-31

Tubo de Crookes e a descoberta do elétron: uma experiência maker

Antônio Caminha Goetz da Silva — 2024-12-09

A principal ideia da cultura maker é de que podemos construir, criar e reparar objetos e espaços com nossas próprias mãos. Neste trabalho, propomos reconstituir a descoberta do elétron através da construção de um tubo de Crookes. A escolha do tema partiu do interesse dos alunos por geradores de alta tensão durante as aulas de eletrônica básica e dos estudos sobre a estrutura da matéria. Após inúmeras tentativas, um protótipo foi gerado usando um gerador de alta tensão com oscilador e bobina automotiva e foi produzido vácuo com um kitassato conectado a um motor de ar-condicionado. O experimento mostrou o efeito dos elétrons se deslocando do cátodo ao ânodo e destes se esbarrando na parede do tubo produzindo luminosidade, mesmo que baixa, mas de forma satisfatória, reproduzindo assim os primeiros experimentos de descoberta da primeira partícula subatômica do átomo, o elétron.

Horta agroflorestal: sustentabilidade e alfabetização ecológica na escola

Letícia Mickaele M. da Silva — 2024-10-31

Neste trabalho discutimos a implementação de uma horta escolar com base no sistema agroflorestal no Centro de Ensino Fundamental 09 de Sobradinho. Participaram do projeto quatro estudantes do 8º ano do Ensino Fundamental que futuramente atuarão como monitoras e levarão o projeto para toda a comunidade escolar. O objetivo deste projeto foi a construção de uma horta escolar tendo como alicerce um sistema agroflorestal a fim de fomentar a promoção da educação sustentável bem como contribuir com a alfabetização ecológica dos estudantes. A elaboração inicial do projeto consistiu em sete etapas principais: organização do local; busca por especialista e pesquisa sobre a temática, aquisição de materiais, manejo do solo, plantio, acompanhamento do desenvolvimento das plantas e colheita. Percebemos que muitas discussões já puderam ser realizadas com a implementação da horta, como sustentabilidade, agrofloresta, meio ambiente, inovação, alimentação saudável, solo e nutrientes das plantas, discussões estas que contribuem para a alfabetização ecológica dos estudantes.

Estratégia de ensino e aprendizagem em educação ambiental: um olhar sobre o Ribeirão Sobradinho

Danielle Franco Neves — 2024-10-31

O Ribeirão Sobradinho é um dos rios mais importantes do Distrito Federal, e apresenta-se gravemente comprometido por uma série de fatores como descartes inapropriados de rejeitos e despejo de esgoto. Nesse contexto, este trabalho visa trazer discussões ambientais com identificação de bioindicadores que possibilitem avaliar a qualidade da água do Ribeirão. Para a realização desta pesquisa, participaram do projeto quatro estudantes do 9º ano do Centro de Ensino Fundamental 09 de Sobradinho II. Essa atividade incentivou o interesse pela pesquisa e divulgação científica. Os estudantes tiveram a oportunidade de aprendizado ativo, compreendendo o método científico para responder às suas dúvidas ao longo do processo de criação e aquisição de conhecimento. Além disso, essa iniciativa promove a valorização e preservação dos cursos de água, contribuindo para a conscientização da população local quanto ao meio ambiente, apresentando à população a importância da educação ambiental. Com as discussões e considerações pode-se apresentar a necessidade de apoio do poder público na busca por meios que possam auxiliar em uma melhor manutenção do Ribeirão.

Produção de materiais adaptados para estudantes com deficiência visual utilizando impressora 3D

Thales Flávio Santos de Camargos — 2024-10-31

Considerando o direito à educação de alunos com algum tipo de deficiência, adequações curriculares e de espaço físico da escola tornam-se necessárias para o melhor desenvolvimento intelectual, social e pessoal desses estudantes. Esta pesquisa apresenta uma análise, realizada em uma escola pública do Paranoá, Distrito Federal, tendo como objetivo geral tornar o aprendizado nas escolas públicas mais acessível para as pessoas com deficiência visual. O projeto propõe adaptações pedagógicas em braille utilizando impressora 3D. Utilizou-se entrevistas como ferramenta para coleta de dados, de forma qualitativa, para identificar as demandas específicas e elaborar recursos pedagógicos e de acessibilidade que busquem eliminar as barreiras existentes e busquem garantir a inclusão e autonomia dos estudantes. A construção de materiais adaptados e de promoção à acessibilidade dos alunos com deficiência visual prioriza o ensino-aprendizado e os direitos ao desenvolvimento integral, à educação e à cidadania desses estudantes.

Da química ao sopro de vida: investigando reações químicas e desvendando os mistérios dos pulmões na educação infantil

Ester Santos Martins — 2024-10-31

Este relato de prática foi realizado no ano de 2023 com o objetivo de incentivar a participação dos alunos no concurso de redação "Eu, Cientista no Mundo", promovido pela regional de Taguatinga, além de envolvê-los no Circuito de Ciências das Escolas Públicas do Distrito Federal. O projeto proporcionou às crianças uma experiência educativa envolvente e prática, combinando aprendizado e ludicidade através de duas etapas distintas: experimentos químicos e exploração do sistema respiratório. O objetivo principal foi introduzir conceitos básicos de química, focando na reação bicarbonato-vinagre, enquanto também se abordou o funcionamento dos pulmões. Na metodologia utilizada, as crianças participaram de experimentos práticos onde observaram diretamente como bicarbonato e vinagre reagem para inflar balões, oferecendo uma compreensão inicial das reações químicas. Além disso, foram conduzidas atividades visuais e práticas para explorar o sistema respiratório, permitindo que as crianças relacionassem o processo de enchimento e esvaziamento dos pulmões com o experimento químico anterior. Os resultados alcançados incluíram o despertar da curiosidade científica nas crianças, uma compreensão básica das reações químicas e uma familiarização com o funcionamento dos pulmões e da respiração. Este projeto visou estabelecer uma base para aprendizados futuros, contribuindo assim para o desenvolvimento educacional e científico dos alunos.

Explorando o mundo dos frutos do Cerrado: uma jornada sensorial para crianças

Alcione Eugenia da Costa Lucena — 2024-10-31

O cerrado brasileiro, um bioma rico em biodiversidade, oferece uma paleta de sabores únicos através de seus frutos nativos. No Distrito Federal, essa riqueza natural se traduz em uma oportunidade ímpar para a educação infantil: a exploração sensorial dos frutos do cerrado como ferramenta pedagógica, a começar pela construção da cidade que foi pensada para ser um pomar a céu aberto, de modo que seus moradores tem acesso aos frutos das árvores. Através de atividades lúdicas e saborosas, as crianças embarcam em uma jornada de descobertas, aguçando seus sentidos e aprofundando seu conhecimento sobre o bioma e sua importância.

Este estudo exploratório, de caráter descritivo-narrativo, tem como objetivo apresentar uma proposta pedagógica inovadora que utiliza a exploração dos frutos do cerrado e as arvores encontradas na flora do Distrito Federal, como ferramenta de ensino na educação infantil. Através da descrição de experiências realizadas no Cento de Educação Infantil 05 de Taguatinga, serão abordados os benefícios dessa abordagem, os desafios encontrados e as perspectivas para o futuro.

A trajetória de maturação de uma jovem pesquisadora: da educação básica à pós-graduação

Victória Rafaela Muniz dos Santos — 2024-10-31

Victória Rafaela Muniz dos Santos é formada em Biotecnologia pela Universidade de Brasília (UnB) e desde o início da graduação trabalhou com divulgação científica por entender a necessidade de diminuir o distanciamento entre a academia e sociedade. Foi assessora de marketing na Liga Nacional dos Acadêmicos em Biotecnologia (LiNA/UnB), redatora na Revista Acadêmica dos Estudantes de Biotecnologia (REB/UnB). Fez o estágio final na Polícia Federal, no setor de Banco Nacional de Perfis Genéticos (BNPG). Atualmente é aluna de mestrado em neurofarmacologia, pesquisando peptídeos como potencial tratamento para a Doença de Alzheimer.

Apresentação

Carolina Carrijo — 2024-10-31